Gauchão 2024

Brasil não sai do 0 a 0 com o São José

Xavante soma seu 11º ponto e permanece em quarto lugar, mas pode perder posições até o fim da nona rodada após novo empate no Bento Freitas

Foto: Volmer Perez - DP - Rubro-Negro de JP Bardales (foto) volta a jogar no próximo sábado, outra vez na Baixada, diante do Juventude

Matéria atualizada às 22h deste domingo, após o fim de Novo Hamburgo 1 x 3 Internacional.

Diante de quase quatro mil torcedores no Bento Freitas, o Brasil empatou sem gols com o São José na tarde deste domingo (18). O placar de 0 a 0 leva o Xavante a 11 pontos na tabela do Gauchão, em quarto lugar, faltando dois jogos para o encerramento da primeira fase. As duas partidas restantes da nona rodada (leia mais a seguir) podem fazer o Rubro-Negro cair até duas posições. Porém, o time de Fabiano Daitx - que foi expulso neste domingo - seguirá entre os oito classificados às quartas de final.

O treinador, aliás, terá agora uma semana livre para trabalhar, algo que não acontecia desde a pré-temporada. O próximo compromisso do Brasil será no sábado, às 16h30min, outra vez em casa, diante do Juventude. Na rodada final, o time vai visitar o Ypiranga, em Erechim, no dia 2 de março.

Gauchão
9ª rodada

Sábado
Grêmio 6 x 2 Santa Cruz
São Luiz 0 x 0 Ypiranga

Domingo
Brasil 0 x 0 São José
Novo Hamburgo 1 x 3 Internacional

Segunda-feira
20h
| Juventude x Caxias
Avenida x Guarany


Cinco alterações

Gabriel Biteco por Danilo, Bruno Reis por Adriel, Maicky por Matheus Marques, Yander por Tinga e Robinho por Vini Charopem. Foram cinco as trocas de Fabiano Daitx em relação ao time que iniciou a partida contra o Internacional, na última quarta-feira. A ausência de Bruno Reis foi por suspensão e a de Robinho por lesão; as demais, opções da comissão técnica.

Uma das mudanças na equipe titular não envolveu apenas os nomes, mas também o esquema tático rubro-negro. A saída de Maicky desfez o trio de meio-campistas que vinha sendo usado desde a vitória sobre o Caxias, na quarta rodada. Marcinho e Anderson Recife formaram dupla, com Tinga, Vini Charopem, Jefinho (adiantado, como extrema) e JP Bardales em quarteto ofensivo no 4-2-3-1.

Danilo retomou titularidade de Gabriel Biteco. Foto: Volmer Perez - DP


Primeiro tempo

Os 47 minutos iniciais, considerando os dois de acréscimo, foram marcados por reclamações sobre a performance do árbitro Daniel Nobre Bins. Logo no começo, Kayan, do São José, caiu na área após dividida com Anderson Recife e o time visitante pediu pênalti. Nada marcado - o camisa 11 dobrou as pernas antes do contato com o volante do Brasil. Nesse momento já era possível perceber que China Balbino escalou o time de Porto Alegre com três zagueiros e dois alas.

Depois, o desagrado crescia do lado xavante. Aos 15 minutos, um chute de Vini Charopem, na meia-lua, pegou na mão do zagueiro Jadson. O árbitro gesticulou que o defensor estava com o braço junto ao corpo e mandou seguir, para desespero inclusive de Fabiano Daitx. No minuto seguinte, o Rubro-Negro teve sua melhor chance até o intervalo. Jefinho ajeitou de cabeça para Tinga, cujo chute carimbou Tiago Pedra. Depois, Matheus Marques bateu por cima do travessão.

Em um primeiro tempo de pouca inspiração, o Zequinha ganhou mais volume. Da baixa quantidade de finalizações, destacaram-se duas tentativas dos visitantes, uma de Matheuzinho e outra de Jadson. O primeiro, ex-Brasil, arriscou de fora da área à direita de Gabriel Oliveira. O segundo, de cabeça após cobrança de falta, desviou para defesa firme do goleiro xavante.

Segundo tempo

Equilíbrio, erros técnicos, faltas, predomínio dos sistemas defensivos. O que se viu em geral no primeiro tempo voltou a acontecer depois do intervalo. A saída encontrada por Fabiano Daitx e o auxiliar Gabriel Dutra foi natural: trocar peças. Aos 16 minutos, Maurício e Maílson entraram nos lugares de Tinga e Vini Charopem.

China Balbino também mexeu no São José. Na prática, o cenário do jogo permanecia igual. E se as substituições anteriores mantiveram a característica dos atletas que deixaram o campo, a seguinte tentou tornar o Brasil mais criativo: saiu Matheus Marques, vaiado por alguns torcedores, e entrou Rafael Holstein. Assim, Jefinho foi recuado para a lateral-esquerda. Rafael foi para o lado direito da linha de três meias.

O próprio camisa 21 encontrou, por meio da bola parada, uma forma de levar perigo. Aos 28 minutos, cobrou falta lateral que Fábio Rampi defendeu de manchete. Na sequência, a comissão técnica apostou na gurizada: Yander, escalado como lateral-direito, e Jhonas, no comando do ataque, substituíram Danilo e JP Bardales. Eram as últimas alterações de Daitx.

Não teve jeito. O jogo com cara de empate sem gols desde o começo terminou mesmo zerado e o Xavante definirá seu futuro nas próximas duas rodadas. Classificação, zona do limbo ou rebaixamento são as possibilidades. Para o Brasil, se avizinham duas novas decisões.

Expulsão e coletiva

Nos acréscimos, por reclamação, Daniel Nobre Bins expulsou o técnico Fabiano Daitx, que não ficará à beira do campo contra o Juventude. O treinador xavante ficou furioso após o árbitro não marcar falta em Rafael Holstein no campo de ataque. Mais tarde, durante a entrevista coletiva, Daitx admitiu ter chamado Bins de "cego" e pediu desculpas.

“Jogo muito difícil, tenso, valendo muito. Todo mundo muito pressionado. O campeonato faz isso, é uma pressão muito grande. São poucos jogos e todos valem demais. [...] Evidente que vai ter muita briga e pouco futebol. A gente lamenta não ter conquistado a vitória, mas é um ponto que a gente conquista na briga pela classificação”, também disse o comandante.

Daitx ainda justificou a troca de Biteco por Danilo na lateral, citando a pressão sobre o primeiro, e afirmou ter desfeito o trio de volantes com Maicky, Marcinho e Recife por conta do desenho tático do São José. Segundo o treinador, seria necessário fazer marcação dobrada na esquerda, com Matheus Marques e Jefinho, para conter os avanços do adversário por aquele setor.

Na entrevista, o técnico voltou a enfatizar o grau de equilíbrio do campeonato. Projetou que Robinho tem chances de retornar de lesão já contra o Juventude e comentou, também, algumas críticas recebidas. “Futebol é maravilhoso. Cornetear é maravilhoso. Façam. Tomem coragem, vão lá e assumam um time e façam todos os acertos possíveis. Eu não. Eu erro, e erro muito. Eu não tenho essa leitura sempre 100% que todos têm, infelizmente”, ironizou.

Ficha técnica

Brasil (0): Gabriel Oliveira; Danilo (Yander - 31’ 2T), Zé Pedro, Adriel e Matheus Marques (Rafael Holstein - 24’ 2T); Anderson Recife, Marcinho, Tinga (Maurício - 16’ 2T); Vini Charopem (Maílson - 16’ 2T), JP Bardales (Jhonas - 31’ 2T) e Jefinho. Técnico: Fabiano Daitx.

São José (0): Fábio Rampi; Tiago Pedra, Fredson e Jadson; Alessandro Vinícius, Rafael Carrilho, Nonato (João Victor - 48’ 2T) e Thalis (Neko - 19’ 2T); Marcos Calazans (Renê - 19’ 2T), Kayan (Marquinhos - 44’ 2T) e Matheuzinho. Técnico: China Balbino.

Cartões amarelos: Vini Charopem, Matheus Marques e Danilo (B).

Cartão vermelho: Fabiano Daitx.

Árbitro: Daniel Nobre Bins.

Local: Bento Freitas.

Público oficial: 3.802 pessoas.

Renda oficial: R$ 70.920,00.

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